Segui grande parte da moção de censura do PCP ao Governo. Gostei de algumas intervenções. A última, de Bernardino Soares, controladamente sanhuda, foi, em grande parte, uma resposta ao orador que o precedeu, o admirável ministro Paulo Portas. Retive uma frase deste, a respeito do eventual monopólio da esquerda, designadamente do PCP, em questões de justiça social. Dizia então Portas que este Governo também emerge em relação aos mais desfavorecidos. E do que se lembrou? Das refeições dadas nas cantinas das escolas para os agregados familiares duplamente desempregados. E não precisou de dizer mais nada o ministro. Obviamente que não teve ensejo em ajuizar que uma família em situação de desemprego constitui uma clara derrota das políticas seguidas por este Governo. E é para debater estas coisas que as moções de censura também se justificam.
adenda: aquele rapaz Meneses, do PSD, é uma coisa do outro mundo. A sua intervenção debitou atrozes vacuidades sobre nada.
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