Confesso a minha ignorância, mas não sabia da compostura da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, simplificadamente, ERC. Ao escrever este advérbio de modo, reparei que é, no fundo, o que está na base de toda a política portuguesa desde o século XIX, principalmente para quem se situa na esfera do rotativismo governativo. Então, simplifiquemos, partindo e acabando na seguinte fórmula: eleições realizadas, tachos distribuídos.
Eu não sabia que os cinco membros que compõem o conselho da ERC são meros joguetes dos partidos. Neste caso, três para o Governo, dois para o PS, o maior partido da oposição. Perante isto, para quê tanta indignação, para quê tanta fervor mediático? Acaso os comissários do Governo na ERC deixariam cair Relvas? Peço licença a Fernando Madrinha que, no Expresso, coloca a seguinte questão: "Sendo assim, o que se deve considerar é se vale a pena gastar 4,5 milhões de euros anuais para sustentar uma entidade cujos membros se limitam a replicar, noutra sede, as posições dos partidos que os propuseram." Eu, simplificadamente, respondo: claro que não.
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