segunda-feira, julho 04, 2011

portugal no seu melhor

Entretemo-nos com défices e crises gregas, com governos mal governados e com cidadãos mal amanhados, com a Europa e com os alemães que nos sufocam. Mas não somos capazes de parar um pouco e pensar nos resultados dos últimos Censos, designadamente no que diz respeito à distribuição da população pelo parco território nacional. É que se efetivamente houvesse, neste país de ping pong clientelar, políticos ou governos capazes de encetar verdadeiras reformas, começariam indubitavelmente pela mãe de todas: a homogeneização do território nacional. Tenho escrito e continuarei a ditar: jamais chegaremos sustentavelmente a qualquer esquina de desenvolvimento enquanto existirem concelhos, regiões inteiras, neste pequeníssimo país, que se lançam desenfreadamente para uma vergonhosa e dificilmente contornada desertificação humana. Depois, como é nossa sina, cavalgamos em escombros que nós próprios edificamos. E já gastamos trinta e tal anos de democracia, a mesma que não previa nada disto.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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