terça-feira, abril 21, 2009

paridade e autenticidade

O debate de último Prós e Contras da RTP trouxe à discussão um ponto importante, o qual foi levantado pelo CDS-PP, que é a questão da paridade e da autenticidade da lista do PS às eleições europeias. O articulado do CDS pode resumir-se ao seguinte: Elisa Ferreira e Edite Estrela são, simultaneamente, candidatas a autarquias (Porto e Sintra, respectivamente) e a deputadas ao Parlamento Europeu. Ora, para além do que parece, desde logo, de uma plena elementaridade racional – a de concorrerem a dois lugares – o que poderá constituir uma espécie de corrupção legalizada (concorrem sabendo que não vão cumprir um dos lugares, ou, se quisermos colocar as coisas noutro diapasão, parece que o importante aqui é tratar da vidinha pessoal, do tipo, se não for eleita presidente de Câmara, sempre fico com um belíssimo ordenado como deputada), este tipo de artimanha defrauda por completo a chamada lei da paridade, que, pela primeira vez, é obrigatória na lista de deputados dos diversos partidos concorrentes. Daí que não podemos deixar de dar razão a Vital Moreira, que, na sua inexplicável e suposta candura, disse: "querem mais autenticidade do que dizerem que vão candidatar-se às duas eleições? Isso é transparência e autenticidade".
Pois é: transparência, autenticidade e logro político.

(publicado no jornal Público, em 28/04/2009)

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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