quinta-feira, setembro 13, 2012

o momento

Os momentos são fundamentais em política. Jerónimo de Sousa sabe-o muito bem e, pela primeira vez, desfiou os fios do tempo: está na altura de juntar esforços de esquerda e pedir a demissão do Governo. Estou de acordo. Este Governo, se tivesse um pingo de vergonha na cara, teria, desde logo, desde o momento que percebeu que o combate ao défice tinha, afinal, fracassado, pedido a sua demissão ao Presidente da República. Não me venham com a história da alternativa. Este tipo de desculpa é já muito velha e revela, no fundo, fraqueza política. A alternativa está aí. Está, por exemplo, na distancia crítica de militantes do PSD e do CDS-PP em relação à arquitetura decisória do executivo, na proposta do Jerónimo de Sousa, na alternativa crítica de Louça, no crescimento custoso de José Seguro. O que não podemos mais aturar é o sr. Gaspar, vindo de um escritório da União Europeia, com o seu bloquinho quadrado de deves e haveres na mão, a governar o nosso futuro. Passos Coelho é o que é: um primeiro-ministro demasiado fraco para o ser. O país não pode mais com isto.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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