sexta-feira, setembro 21, 2012

a manifestação e o país

Vejo na televisão um aglomerado de pessoas junto ao Palácio de Belém, onde decorre um extraordinário Conselho de Estado. Mário Soares abandonou a sala há umas horas. Presumo que, mais uma vez, foi uma voz dissonante dentro dos conselheiros, eventualmente irritado com os dois professorais plasmas que o ministro Gaspar usou na sua deprecante explicação. Independentemente de tudo, o momento é histórico. Cai por terra uma série de verdades feitas por pessoas que, de uma maneira geral, estão bem com a vida, isto é, têm a sua existência montada em bons ordenados. Uma delas tem a ver com a serenidade do povo português. Na verdade, o povo é sereno, mas não é burro. Pelo menos, até certo ponto. No entanto, há um ponto que paira vincadamente nesta estratosfera política: a de que os governantes não conhecem o país. Hoje espreitei várias vezes a televisão vi, amiudadamente, sorrisos na face de Passos Coelho e Gaspar. Nos dias que correm, os ministros deveriam auto decretar a proibição do sorriso.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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