quarta-feira, fevereiro 16, 2011

as censuras e o rotativsmo

O PSD revelou já o sentido do seu voto em relação à moção de censura apresentada pelo Bloco: abstenção. Com umas vozes contra (queriam o voto contra), outras assim assim, e ainda outras perdidas, a Comissão Política Nacional do partido apresentou mais uma prova de (pois, claro) responsabilidade face à grave situação do país. Conseguintemente, elaborou (pois, claro) uma declaração que esboça princípios curiosos face à justificação da abstenção: "Se chegarmos a um estado em que o Governo não cumpra com o que se comprometeu, que o país esteja num beco sem saída, o PSD arranjará uma saída para a situação". Esqueceu-se, porém, de determinar o balizamento temporal desse prazo. É que quanto a compromissos incumpridos deste Governo, estamos há muito bem conversados.
Não fora o espetro partidário português estar assente num doentio e maléfico rotativismo, em que basta esperar que a fruta caia, podre, da árvore, independentemente do mérito do senhor que se segue, e esta conversa teria sido, decerto, outra. Este rotativismo, esta incapacidade de formar governos (maioritários) com texturas ideológicas diferenciadas, é que nos tem vindo, desde há três décadas, a aniquilar.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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