quinta-feira, setembro 01, 2011

o super álvaro e a pagadoria da crise

Candidamente, o ministro Álvaro advoga que os contribuintes não devem ser mais carreteados com a crise. Por isso, coadjuvado com o menos super Gaspar, defende a urgência nos cortes da despesa do Estado. E esses cortes resumem-se, simplificadamente, a uma palavra: desemprego, isto é, colocar no olho da rua aqueles que presumivelmente estão a mais. Tudo em nome, obviamente, de um acordo que o seu partido siamês (socialista de seu nome) também assinou e que não foi (não foram) capaz(es) de discutir verdadeiramente (dinheirinho sonante, de imediato, fala mais alto do que qualquer argumentação...). Acontece que este governo, liderado por Passos Coelho, sofre de um certo provincianismo cavaquista, o qual também se pode resumir ao que foi, em tempos, o (auto)epíteto do melhor aluno. Daí que a estafada asserção do querer ir mais longe ande na boca desta gente, como se com isso ganhasse o respeito da sr.ª da Alemanha e dos restantes parceiros. Provavelmente até olharão Passos com alguma benquerênça e - quiçá - com fugazes esgares de algum respeito. Mas valerá realmente a pena? Naturalmente, a resposta é não. O que este governo delineia, na sua globalidade estruturante, não é mais do que tratar os portugueses mais dependentes como meros objetos de índole abstrativa. Os portugueses não são números, dizia o eufórico Guterres na onda de uma vitória contra Cavaco Silva. Pois não. Mas também não são instrumentos.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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