terça-feira, setembro 20, 2011

a madeira e nós

Sem demagogias (apesar das contingências próprias e naturais duma leitura poder encaminhar o raciocínio para esse sentido único), importa questionarmo-nos sobre o seguinte: quantos mais desempregados, quantos mais encerramentos de instituições públicas, quantos mais cidadãos serão irremediavelmente afetados pelas desgraças de Alberto João Jardim, apesar de este não ser, como sabemos, caso único? Jardim vai ganhar novamente as eleições, com maioria confortável, fazendo jus à nossa bonomia, a qual ajudou a reeleger outros candidatos-tipo como Valentim Loureiro e Isaltino Morais. Será mesmo a democracia, num país com estes cidadãos, o sistema mais viável? Apesar de tudo, penso que sim. Um outro ponto que gostaria de referir diz respeito ao estafado argumento do político que faz obra, argumento que garantirá quase naturalmente a reeleição do líder. Na verdade, o difícil, nestas circunstâncias, residiria em não alcançar o desígnio da autoestrada e do túnel, da rotunda e da fonte luminosa. Já o ensinamento helénico, pela pena de Isócrates, nos alerta que o governante, para merecer as honras do seu povo, terá de exercer sobre si próprio uma severa disciplina e que a sua superioridade está ligada a uma excelência na virtude que iguale ou exceda as honras de que é objeto. Mais respeitinho, portanto, com a Grécia. Afinal, somos todos gregos.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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