terça-feira, agosto 31, 2010

a instabilidade presidencial

As eleições presidenciais que se avizinham serão uma amalgamação. Não saberemos quem é quem num contexto de crise política. Vejamos um dos argumentos de Alegre, pela boca de António Costa: Portugal não pode ter uma crise política, porém "tanto pode ocorrer com um desentendimento no Orçamento de Estado, como pelas más escolhas nas eleições presidenciais". Este raciocínio faz de Cavaco Silva aquilo que não é. Por sua vez, remete Alegre para aquilo que ele também não afigura ser. Por um lado, o atual Presidente da República é um homem de pouca coragem política, incapaz de rasgos visionários ou de leituras atentas da sociedade. As atarantadas comunicações ao país são, de certo modo, prova disso. Por outro lado, Manuel Alegre é um homem que, aparentemente, necessita de um certo protagonismo político, aquele que não teve ao longo da sua vida. Não é por acaso que foi no decorrer desta era socratiana que a sua voz de "a mim ninguém me cala" se fez mais audível. Existirão, portanto, nos próximos meses, palavreado e mentalismos vários. A mim, parecem-me poucos os candidatos.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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