quarta-feira, fevereiro 10, 2010

procuradores

Não temos tido sorte com muita coisa. A respeito de procuradores, penso que esta ideia tem também razão de se erguer. O anterior a este tendia, inexoravelmente, para a vertigem do mediatismo televisivo em forma de entrevista de rua, ligeira, com a porta do carro ainda aberta e com o motorista pronto a carregar rápido no acelerador do potente automóvel. Perdia-se e deixava-se estar assim, discorrendo, com um pé fora e outro dentro, com olho-de-gato constipado, como um dia o denominou Eduardo Prado Coelho.
O actual é diferente. Surge numa outro contexto epocal. Tem uma escola diferente, um pouco à Vitor Constâncio, governador do Banco de Portugal. É, digamos, uma escola do nada fazer, ou melhor, prever, para depois criticar. Pinto Monteiro é, com efeito, um crítico da justiça. Acontece que ele representa a própria justiça, na medida que o seu alto posto institucional é o garante da efectiva assunção do estado de direito. Não pode (não deve), por isso, espalhar, como uma efémera tempestade tropical, que sente muitas vezes o seu telemóvel sob escuta, ou que nada pode fazer a respeito da violação do segredo da justiça. Então quem pode?

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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