quarta-feira, novembro 05, 2014

merkel diz: portugal tem licenciados a mais

Diz e há que arrepiar caminho, portanto... Mas não... desta vez Nuno Crato, Ministro da Educação, retorquiu e, timidamente, salientou que não concorda com a chanceler da Europa, perdão, da Alemanha. Claro que a opinião de Crato vale o que vale nos dias de hoje e não é certo que tivesse sido honesto nesta sua derivação opiniática. Mas o que se torna efetivamente relevante, nas palavras de Merkel, é a leviandade com que temos sido, nos últimos três anos, orientados através dos ditakts duma União Europeia que mais não foi (não é) do que uma transversalidade alemã. A realidade é outra em Portugal e esta é uma verdade límpida e simples (segundo os dados mais recentes do Eurostat, relativos a 2013, Portugal tem 17,6% de licenciados, enquanto a Alemanha regista uma percentagem de 25,1%, ficando em 25,3% no conjunto dos 28 países da União Europeia).
Para além disso, é preciso conhecer o país humano e não o país das folhas de cálculo. E era isto que se esperaria dos representantes nacionais eleitos pelo povo. No fundo, com o paradigma de uma União Europeia alargadíssima, torna-se cada vez mais pertinente o reforço em prol das vidas das pessoas. Daí que não deveria a sr.ª Merkel enviar este tipo de recados para o espaço europeu. Felizmente, estou propenso a crer que a sua voz se torna, paulatinamente, mais fraca e inaudível. Mas para isso é preciso que os líderes de Portugal e Espanha (os países visados) ajam com mais independência e denodo e menos como meros representantes da política alemã nos seus países.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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