Em dia de greve, o momento é de retorno. Para uns, sucesso; outros, porém, sublinham o fracasso. E há os patriotas. Estes, obviamente, encontram-se do lado dos não aderentes. Um dos tiques destes últimos tem a ver com a incapacidade de não conseguirem sustentar as suas atitudes sem o autoelogio formal. Diz Cavaco: "Apesar da greve, da minha parte não deixei de trabalhar". Mas alguém esperaria que o Presidente da República deixasse pendurado o seu homólogo colombiano por causa de uma greve? Então, para quê essa necessidade de deixar uma mensagem tão inoportuna?
No mesmo sentido, Passos Coelho releva a coragem dos que foram trabalhar (em prol do sucesso do país, está claro) e - mais cínico ainda - dos desempregados que "não se conformam com essa situação e fazem por melhorar as suas perspetivas de empregabilidade". Nos dias como os de hoje, dispensava-se tamanha demagogia.
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