Pelo que se tem visto por aí, com o Miguel Relvas a comandar as tropas da comunicação social e a figurar-se como um não assunto para Passos Coelho, confesso que o sr. Alberto João Jardim começava a entrar-me no... digamos... no goto. É evidente que a chalaça sobre a licenciatura do ministro adjunto, em que exteriorizou a sua pretensão de solicitar, às respetivas universidades, quatro ou cinco cursos superiores, entre os quais astronomia, ajudou para que o homem, neste cansado estio, conseguisse escalar umas décimas de agrado na minha difícil classe de simpatia. Acontece que hoje, instigado por uns jornalistas por que razão não parou para falar com a população atingida pelos violentos incêndios que devastaram parte da ilha, Alberto João respondeu que não gosta de mostrar lamúrias. Interessante ponto de vista. Tenho pena que o presidente do Governo Regional da Madeira não assim pense quando se trata de exibir o pagode eleitoral que, de quatro em quatro anos - ou menos -, se constrói como a principal estratégia política, a qual tem ganhado eleições desde há trinta anos.
Resumindo: Alberto João Jardim serve-se do povo (do povão, como diria Herman José) para cortar as inelutáveis fitas folclóricas, mas já não gosta de o encarar quando, em vez de festejo, reina a privação.
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