quarta-feira, agosto 13, 2014

educação: o ministério do caos controlado

Maria de Lurdes Rodrigues teve, num belo dia, uma ideia genial: colocar nas paredes do Ministério da Educação o retrato de todos os ministros que o tutelaram. Este exemplo, exposto assim aqui com traços assumidamente caricaturais, é revelador da feição recidiva de praticamente todas as personagens que se encontram penduradas nas ditas paredes.
Sejamos francos: será assim tão difícil pôr o edifício educativo do Governo da República a funcionar? Não, não é. Ou melhor: é se todo o espaço natural e desejavelmente de diálogo se metamorfosear num lugar de desconstrução, filaucioso e conflituoso. E é isso, infelizmente, que tem sido o Ministério da Educação. Ao ponto de coisas tão simples como um calendário concursal de professores e respetivos procedimentos não serem, aprioristicamente, divulgados. Ou então, supinamente, eleger uma prova de avaliação de competências como o facho que norteará o filosofema educativo em Portugal, deixando comodamente de fora, nesta anagnórise, as dezenas de milhares de professores do quadro. Falando, de novo, a sério: se perguntarmos a um professor como será a sua vida profissional para o próximo ano letivo, a resposta mais vista será um absoluto e sintomático não sei, vamos ver o que aí vem.
O Ministério da Educação revela uma das características mais comummente consideradas em relação aos portugueses que é a improvisação, popularmente apelidado de desenrascanço. É, sem dúvida, este qualificativo (que até nem é de todo destituído, se falarmos do ponto de vista individual) o mais amplificado pelas diversas equipas que nos têm educativamente governado, com particular semblante para o atual inquilino do edifício da 5 de outubro, de seu nome Nuno Crato. Logo ele, que tinha um não sei quê de sedicioso, inconformado, o tal que queria implodir muita coisa. Nuno Crato é, porventura, o mais extraordinário falhanço na educação em Portugal dos últimos tempos. Bastaria uma palavra para o justificar: arrogância.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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