A tradição ainda é o que era! A RTP e os tutelares ministros que o digam! Miguel Relvas, apesar das transparentes juras incondicionais de não se meter em assuntos de "boys", não conseguiu, afinal, esgueirar-se à sua própria e cada vez mais pesada e incontornável sombra. A coisa explica-se muito simplificadamente, pois é de coisas simples que se trata. Simples e bem portuguesas.
Mário Crespo prendou durante largo tempo o agora ministro Relvas com a importante e decisiva notoriedade televisiva, no âmbito do comentário político. Imagino que as condições contratuais entre os outorgantes tivessem sido igualmente muito interessantes para Relvas. Tal como Sócrates (que se projetou essencialmente na televisão, ao lado do eterno Santana Lopes), Relvas chegou um dia a ministro, cheio de ideias para o (seu) país. E uma destas tensões idealistas foi o de retribuir o emprego e a simpatia ao seu colega Mário Crespo. Fim da história, com moral: por mais que se embandeire, há coutadas que resistem.
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