sexta-feira, junho 27, 2008

ensino especial

Para o próximo ano lectivo, estará já em vigor a nova lei que regulamenta o ensino especial nas escolas. Dentro do furor legislativo desta gente, sobressai a preconiza a inserção plena dos alunos com necessidades educativas especiais em turmas, sem que estas alterem a sua estrutura. Ou seja: se até aqui se impunha um limite ao número de alunos por turma que recebem estes alunos, a partir de agora, uma turma com dois ou três alunos deste tipo, pode ter o mesmo número que uma outra que não tenha nenhum. Ora, toda esta orientação pedagógica e pseudo-inclusiva é uma verdadeira aberração que resultará num clima de insustentabilidade cada vez mais crescente. Na verdade, o número de alunos nestas turmas deveria reduzir-se radicalmente. E tudo em nome duma verdadeira escola inclusiva. O que vai acontecer, no ensino básico, é um afastamento gradativo dos alunos mais necessitados de apoio. Este ministério não sabe, verdadeiramente, o que é a escola. Limita-se a legislar como quem o faz para uma qualquer fábrica de lacticínios. E, quando o faz, é quase sempre mal feito. Entrando no interior da sala de aulas, o ministério tinha aqui uma excelente oportunidade de se redimir dos muitos pecados que cometeu ao longo deste anos. Mas não. Afunda cada vez mais a escola. E a escola é, sobretudo, o que se passa dentro de uma sala de aula. Mas a senhora ministra e os seus secretários não sabem disso. É que não sabem mesmo!

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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