Rui Pereira, o cada vez mais confundido Ministro da Administração Interna, declarou hoje que não aceita um novo prazo de entrega voluntária de armas ilegais por que os portugueses não devem pensar que o Estado não leva a sério os prazos que equaciona. Vai mesmo mais longe e conjectura uma interessante teoria que é revelador do que Rui Pereira pensa dos portugueses. Assim, para o Ministro da Administração Interna, um novo prolongamento de entregas voluntárias de armas só faz com que o seus compatriotas pensem que também desta vez a coisa não é para valer e que atrás de uma nova proposta vem outra. Deste modo, os portugueses acabariam por nunca entregar as armas que eventualmente têm em casa.
Confesso que não entendo o pensamento do ministro. Se existem ainda, provavelmente, mais de um milhão de armas ilegais, dever-se-ia iniciar uma nova recolha voluntária, até que esta opção ficasse definitivamente posta de parte. Daí que este tipo de paternalismo fátuo não é mais do que uma espécie de doutrina completamente anacrónica.
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