sábado, julho 19, 2008
candidatura de barroso
Vem este post a propósito da disponibilidade manifestada pelo nosso Durão Barroso em se candidatar a mais um mandato como presidente da Comissão Europeia. Numa altura em que as respostas politicamente correctas passam, quase como uma espécie de maldição, pelo "ainda estamos longe das eleições", ou "um ano é muito tempo, veremos o que vai acontecer...", esta atitude objectiva de Barroso é de louvar. É o que estes estágios "lá fora" fazem aos nossos políticos. Cavaco, o iniciador daquilo que os jornalistas, deliciados, denominam de tabu, não teve essa sorte. Ou porque não foi convidado, ou porque (o que será mais acertado) a Europa, nesse tempo, respirava uma atmosfera qualitativamente mais favorecida, a começar, obviamente, pelo factor humano (convém lembrar que Barroso está onde está porque outros, antes dele, recusaram o cargo). Assim, esperemos que estes tempos de falsas reflexões em torno de qualquer decisão política (alguém acredita que José Sócrates se encontre num estado de profunda meditação relativamente à opção que irá tomar dentro de mais ou menos um ano?...) sejam, manifestamente, desajustadas nos tempos que correm. Pelos vistos, Barroso compreende esta (nova) sintomatologia político-social (estamos já todos um pouco fartos dos silêncios estratégicos, por isso, há que aconselhar melhor Manuela Ferreira Leite...). Mas um dia ele regressará a Portugal. E quase que aposto que teremos o mesmo Barroso que uma dia aviou, num ápice, as malas para Bruxelas.
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coisas
vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...
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