A recente visita de Seguro a Paris, onde proferiu uma interessante declaração sobre o desemprego, torna relevante a questão da alternativa democrática. Quem levanta este problema fá-lo somente tendo em conta os bitaites comunicativos (a hora do Telejornal, como agora os deputados social-democratas se habituaram a referenciar, indo à boleia das declarações de Pedro Passos Coelho). Em democracia, há sempre alternativa. Mais: em democracia, exige-se sempre uma alternativa.
Seguro declarou, em francês, que deveria haver um limite, nos países da União, para o desemprego. Não posso estar mais de acordo. Por que razão se dá mais importância a outro tipo de défice e não se equaciona, prioritariamente, o défice que se revê na parte humana de uma sociedade? Acaso será o défice público mais importante que o número elevado de desempregados? Estou em crer que não, embora muitas advoguem - a credito que o façam honestamente - que a questão do desemprego só se resolve com boas contas públicas. Porém, a questão terá de ser de prioridades: primeiro, o ser humano, a humanização da sociedade; depois, que venham os défices. Por muitas voltas que se deem, só assim se pode construir a União Europeia.
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