Os chamados casos Esmeralda e Iara, cujos pais de adopção travam uma intensa e desgastante batalha jurídica para manter as filhas em casa, vêm revelar, no fundo, a falta de capacidade dos nossos magistrados em lidar com problemas que ultrapassam a sua esfera de conhecimentos profissionais. Como já aqui defendi, há valores que têm de estar acima da lei.
Mas o que estes dois casos poderão revelar, num futuro próximo, é a dificuldade em arranjar as chamadas famílias de acolhimento - ou mesmo de adopção - em Portugal.
Quem, no seu perfeito juízo, se mete, a partir de agora, neste mundo incerto que é a de receber uma menina ou menino desprotegido?
(publicado no jornal Público em 12-12-2007)
Sem comentários:
Enviar um comentário