José Sócrates dirigiu-se ao país na tradicional mensagem de... Natal (?). O que é deveras espantoso, nesta relação comunicativa com um país meio adormecido pelo fim das mini-férias da quadra natalícia, é a notória incapacidade de locutor surpreender. Dito de outro modo: revela-se um exercício demasiado fácil, por parte dos ouvintes, adivinhar o que o primeiro-ministro vai dizer. A lista do costume: ano de recuperação, crescimento económico, desafios futuros, número de alunos (Novas Oportunidades), políticas sociais (salário mínimo incluído), "imperativo moral" em relação aos mais necessitados, presidência da União Europeia (a coroa de loureiro) e... o desemprego, o único desacerto deste predestinado executivo, mas - nota importante - "com boas razões para acreditar".
Até a referência a Manuel Alegre, "poeta e político" (!?...) se torna demasiado contornada. Para o ano há mais. Basta trocar a ordem de algumas palavras e frases e percorrer com jeitinho um dicionário de sinónimos. Esperemos agora pelo presidente.
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