Paulo Portas e Belmiro de Azevedo são dois diligentes apoiantes de Cavaco Silva. Nada teria de extraordinário se não houvesse, por exemplo, em Belmiro de Azevedo, um verboso passado recente (e quiçá um futuro igualmente fresco), no qual apelidou o chefe de estado de ditador. Convém notar que não é qualificativo que assente bem em qualquer presidente da república da União Europeia, muito menos num país que teve, até há pouco tempo, um regime contrário à democracia.
Mas o que efetivamente importa relevar neste arrimo tão notável são os argumentos utilizados. Sinceramente, fico sem saber se existe aqui alguma espécie de ironia quando ambos advogam, por exemplo, a ímpar preparação, conhecimentos e sabedoria em matéria de finanças públicas de Cavaco Silva.
Na verdade, o extraordinário autopanegírico de Cavaco Silva aquando da sua apresentação como candidato presidencial obteve eco: onde estaríamos nós sem Cavaco?...
Sem comentários:
Enviar um comentário