Neste novo velho mundo em que vivemos, Portugal tem já selecionador de futebol. Descansamos, pois, todos. Chama-se Paulo Bento e treinou, entre faixas etárias várias, a equipa senior do Sporting Clube de Portugal. Auferirá um ordenado mensal entre 60 a 70 mil euros. Parece que não é muito. Parece que o anterior treinador, tratado por todos por professor, ganhava muito mais (Paulo Bento reduz o vencimento para menos de um terço do que era açambarcado por Queiroz). Tudo parece por aqui. Mas existe em Portugal e também na União (desde que Barroso fez o discurso do estado da União me apraz apelidar assim a instituição) algo que não converge com o parece. São aqueles seres humanos que desenharam as suas vidas em projetos fixadamente académicos (a educação, a educação...) e que não conseguem arranjar emprego.
Não há emprego em Portugal! E há também demasiada gente com ordenados miseráveis. E não se veem no horizonte alternativas credíveis. Só jogatainas de bastidores, gatos e ratos obscuros que continuam a ter o seu umbigo como ponto de chegada. O pior é que nunca chegam a partir.
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