sexta-feira, outubro 24, 2014

o machete

Rui Machete é um desastre como ministro do que quer que seja, como foi enquanto presidente da Fundação Luso-Americana, como eventualmente fora como ocupante de qualquer cargo de interesse público (não confundir com partidário). O episódio da entrevista à rádio pública de Angola, na qual revelou, episodicamente, uma espécie de relato apaziguador das investigações feitas em Portugal sobre personalidades angolanas, constituiu um irrevogável ato de estupidez. O homem não foi despedido, pediu desculpas e o Governo prosseguiu a sua credível senda de nos proporcionar uma avaliação cada vez mais negativa da política e da República. O caso agora em apreço, em que o sr. Rui Machete diz duas ou três costumeiras banalidades, entre as quais tem a "ousadia" de pronunciar o denominativo estado islâmico, acompanhando-o de duas ou três referências a pobres portugueses com vontade de regressar a torrão pátrio, não me parece coisa de grande monta. A não ser que o desbocado homem tenha, off the record, teorizado as suas habituais necedades. Daí que não vejo razão para tanto alarmismo nem sequer para despedir o homem. É minha convicção que, no atual estado da arte governativa, o melhor é deixar apodrecer. O tempo da monda já passou.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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