Segui razoavelmente o debate quinzenal no Parlamento. O assunto, como não podia ter deixado de ser, rondou as suspeitas que recaem sobre Passos Coelho aquando da sua passagem pela Tecnoforma ou - o que vai dar mais ou menos ao mesmo, embora a retórica política do primeiro-ministro e compagnons de route nos queiram intuir do contrário - do Centro Português para a Cooperação, uma ONG umbilicalmente ligada à empresa que tinha como lema a "inovação, a excelência, o compromisso" (Tecnoforma). Devo dizer que o argumentário do primeiro-ministro, natural e antecipadamente visto e revisto pela sua equipa, não me convenceu. É que ficamos, afinal, sem saber, quanto e com que periodicidade é que Passos Coelho recebeu das chamadas despesas de representação, as quais não me parecem ter, geográfica e substancialmente, extravasado, se tivermos em conta as vezes que foram reiteradas, pelo próprio, as cidades de Bruxelas e Porto e também, isoladamente, Cabo Verde.
Adenda: entretanto, vi e ouvi o advogado da empresa (que pensava falida) Tecnoforma, com olhar abertamente ameaçador, a disparar contra todos: o jornalista António Cerejo, do Público, comentadores (alguns) e um membro do Governo. Quanto ao que interessa, isto é, o valor recebido por Passos Coelho, remete a sua dilucidada resposta para um não me lembro e também para as declarações do primeiro-ministro no Parlamento.
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