Em agosto, aumentou o número de desempregados, face ao mês anterior. Destes, cresceu igualmente o número de casais desempregados. Parece-me óbvio que estes dados encontram-se diretamente ligados à classe docente que, invariavelmente, entram nesta altura do ano num lamentável limbo interrogativo. Acontece que muitos docentes são casados com outros docentes. Acontece também que grande parte deles não são propriamente pós-adolescentes: têm filhos e contas para pagar.
Quando se discute o panorama dos jovens desempregados, seria bom que houvesse, por parte de quem tem responsabilidades, um olhar construtivo sobre estes números. Por exemplo, não consigo entender, no que aos docentes diz respeito, por que razão não se vincula automaticamente quem tem um certo número de anos de serviço (sem as pantominas dos anos e horários completos) e uma certa idade. Por exemplo, dez anos de serviço e quarenta de idade.
Demasiado simples? Penso que será, para aquelas cabecinhas da 5 de outubro.
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