De seu nome Luíz Pessoa com "z", e de profissão delegado em Portugal da Comissão Europeia, permitiu-se fazer declarações (assinando um texto) sobre o Tribunal Constitucional, remetendo-o para uma responsabilização sobre o que poderá advir se forem chumbadas algumas normas do Orçamento de Estado. As expressões utilizadas não são ténues: o "ativismo político" do Tribunal Constitucional trará "consequências muito pesadas para o país", o qual "pode colocar em risco a implementação do Memorando de Entendimento".
Estas declarações não são graves: são gravíssimas. E são-no não pelo inócuo sr. Pessoa que ninguém sabe quem é, mas antes pela qualidade do executivo que nos pastoreia. Ou seja: cola-se aqui o aforismo "se não te dás ao respeito não esperes seres respeitado". Pessoalmente, não me incomoda absolutamente nada que os senhores Passos Coelho, Paulo Portas e Rui Machete sejam caricaturas. O que me comicha profundamente é a atitude destes senhores enquanto governantes, a qual permite que qualquer badameco se sinta outorgado de opinar desta maneira sobre a Constituição da República Portuguesa. Indiretamente, é o próprio Presidente da República que também está aqui vilipendiado, enquanto garante do cumprimento da nossa Lei Fundamental. Que eu saiba, foram já vários os normativos enviados para o Tribunal Constitucional pelo Presidente da República. Afinal, também Cavaco é uma força de bloqueio. E como estamos em época de aforismo, "pela boca morre o peixe".
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