Uma quantidade de serviços de finanças será fechada em algumas zonas do interior do país. Sabemos que Portugal é um país extraordinariamente desigual, assimétrico nos mais variados postulados de desenvolvimento: população, serviços, riqueza produzida, etc. Há autoestradas que rasgam, impávidas, serras e planícies, num assomo de aposta progressista.
Viajo até Bragança deslizando num proeminente e promissor alcatrão, limpo, célere, com divisão de autoestrada na faixa central. Espantosamente, consigo contar os veículos que circulam nos dois sentidos. O alcatrão desenvolvimentista! A autoestrada da justiça! O túnel, um dos maiores da Europa! O progresso para o interior, finalmente!
Nesta soberba pacoviamente delicodoce, uma questão me assalta, antes de tudo: quem, no seu perfeito juízo, se estabelece numa vila de Trás-os-Montes onde tudo se define pela ausência nos seus mais variados parâmetros: ensino, justiça, mobilidade, solidariedade, saúde, serviços públicos?
Desgraçadamente, não creio que estas decisões possam ser, no futuro, ligeiramente corrigidas. Os custos, nesse tempo, serão muito maiores. Ou então é deixar morrer o interior do país, como se deixam morrer os velhos que ainda lá residem.
1 comentário:
mas Portugal não pode ter 308 concelhos que parecem mais umas regiões administrativas..é um absurdo!Teem tanta força como tem uma capital de provincia de espanha.Espanha tem um pouco mais de 8000 municipios,mas 70% deles dependem de suas capitais provinciais..e en cada capital dessas mesmas tem uma (diputacion provincial)que tem as mesmas funções que as nossas camaras municipais..agora vejam..lá são apenas 50 provincias ou seja 50 diputacion prov. e nos aqui 308 concelhos,e claro as respetivas 308 camaras municipais..e ja não falando de outros serviços publicos de atendimento que teem dentro de si..como por exp..as finanças,registo civil,notario,tribunal etc....Então sr autarcas e sindicalistas ja pensaram em tudo isto..?? ( 308 regiões administrativas) é o que nos temos atualmente..!!!
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