Paulo portas é um adesivista. Escrevi, no post anterior, que Paulo Portas não foi claro. Esta opacidade não se liga à normalidade retórica, nem à forma, ambos previamente estudados para o boneco televisivo. A transgressão reside na fronteira (vocábulo que ficou como uma imagem teimosamente passada na retina dos ouvintes) entre o governante e o oposicionista. Paulo Portas foi, na sua declaração das sete ao país, quase em exclusividade, o líder do CDS que se encontra na oposição.
Paulo Portas é um adesivista. E é-o porque tanto se lhe dá ser muleta do PSD como do PS. Para ele, o tão orgulhoso e pateticamente proclamado arco da governação não quer dizer nada, mera expressão sem sentido de responsabilidade e de vaidade pessoal.
Portas é um adesivista. E começou no dia 5 a alargar um pouco mais o arco da governabilidade.
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