Poiares Maduro bem apelou ao consenso (doze vezes mencionado
o nome) na sua primeira – e extraordinária! – conferência de imprensa enquanto
governante. Podemos dizer que o Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional
contribui, prazenteiramente, para uma espécie de configuração ecoadora dentro
do executivo liderado por Gaspar e Coelho. Ao ponto de ter convidado todos os
partidos com assento parlamentar para, juntos, equacionarem um determinado ponto
de equilíbrio decorrente das propostas apresentadas pelas diversas partes. Em
princípio, não tenho nada contra. Acontece que, nesta altura do campeonato, com
todas as linhas de intervenção já definidas – e passando estas em exclusividade
obsessiva pela austeridade continuada – este hipotético ajuntamento não é mais
do que a prefiguração de um fogo-fátuo, abnóxio.
Ora, esta mudança radical de política, a qual passa por uma propensão tendenciosa para o diálogo governativo, teria de ser, percetivelmente, conjeturada – iniciada – por outros atores políticos. E estes, em democracia, só se alcançam através das eleições.
Ora, esta mudança radical de política, a qual passa por uma propensão tendenciosa para o diálogo governativo, teria de ser, percetivelmente, conjeturada – iniciada – por outros atores políticos. E estes, em democracia, só se alcançam através das eleições.
Sem comentários:
Enviar um comentário