sábado, abril 27, 2013

O consenso mal-amado (e mal amanhado)


Poiares Maduro bem apelou ao consenso (doze vezes mencionado o nome) na sua primeira – e extraordinária! – conferência de imprensa enquanto governante. Podemos dizer que o Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional contribui, prazenteiramente, para uma espécie de configuração ecoadora dentro do executivo liderado por Gaspar e Coelho. Ao ponto de ter convidado todos os partidos com assento parlamentar para, juntos, equacionarem um determinado ponto de equilíbrio decorrente das propostas apresentadas pelas diversas partes. Em princípio, não tenho nada contra. Acontece que, nesta altura do campeonato, com todas as linhas de intervenção já definidas – e passando estas em exclusividade obsessiva pela austeridade continuada – este hipotético ajuntamento não é mais do que a prefiguração de um fogo-fátuo, abnóxio.
Ora, esta mudança radical de política, a qual passa por uma propensão tendenciosa para o diálogo governativo, teria de ser, percetivelmente, conjeturada – iniciada – por outros atores políticos. E estes, em democracia, só se alcançam através das eleições.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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