terça-feira, abril 09, 2013

o despachado gaspar

Num português deplorável (não me causa grande espanto que o Sr. Vítor Gaspar não saiba escrever português escorreito, mas causa-me maior admiração não haver ninguém que, por ele, escreva um razoável despachozito), o ministro da Finanças proibiu os seus colegas de assumir novos compromissos sem antes falar com ele. Tudo em nome, é claro, da contenção da despesa pública. Esta interdição alarga-se até ao momento em que, da cabeça do ministro das finanças, se expila um novo plano de contenção, o qual vá ao encontro do buraco instigado (segundo Passos Coelho) pelo Tribunal Constitucional.
Com todo o respeito, este tipo de atuação, para além de revelar os horizontes curtos do ministro, acaba por lançar uma espécie de desconfiança relativamente aos seus pares do Governo. Passaria pela cabeça de algum ministro, perante a realidade atual, empreender qualquer tipo de compromisso que implicasse mais despesa?
Esta medida não é mais do que uma amostra (mais uma) para os seus amigos e tutores de Bruxelas. Igual, aliás, à do corte dos feriados: implicação zero na realidade económica do país.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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