terça-feira, julho 20, 2010

dois para o tango

São efetivamente necessários dois para dançar o tango. Sócrates disse-o outro dia e tem razão. Passos Coelho precisa agora do seu par para um inusitado e inesperado passe doble que se chama revisão constitucional. Um ponto a favor do líder do PSD: está a mostrar, antes das eleições, ao que vem. E o que se espera de Passos Coelho é precisamente a cartilha neoliberal em todo o seu esplendor. Este anteprojeto chega ao pormenor hilariante de dizer quase o mesmo (não vislumbro outro entendimento depois de ouvir Passos Coelho no jornal da SIC) por outras palavras, como é o caso da substituição dos despedimentos por justa causa pela expressão porventura mais abrangente de "razão atendível". Um outro aspeto interessante no ante-texto social-democrata diz respeito à gratuitidade de certos serviços prestados pelo Estado na saúde e educação.
Esta gente convive mal com a palavra gratuitidade (defendem uma espécie de scut´s nestas áreas). Pela minha parte, estou mais inclinado a seguir a opinião do bastonário da Ordem dos Médicos, o qual defende a eliminação do advérbio tendencialmente para projetar o gratuitos subsequente. De fato, a educação (na sua escolaridade obrigatória) e a saúde devem ser asseguradas, numa visão claramente solidária, pelo Estado, isto é, por todos nós.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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