terça-feira, novembro 20, 2007
professores contratados
Não é possível um país europeu, inteligente, civilizado, tratar desta maneira os professores. Acrescento: não é digno que os sindicatos de professores se entretenham em lutas por estatutos de carreira que visam praticamente o fim de certas regalias e não se preocupem pelo que deveriam: a situação dos professores contratados. Vejamos: professores que dão aulas há dez anos, que paulatinamente têm vindo a subir numa esquisitíssima lista de ordenação e que, este ano, deram um grande trambolhão e foram remetidos para umas largas centenas de lugares abaixo, não ficando, portanto, abrangidos por uma colocação que, bem ou mal, era (quase) certa. E tudo isto porque os senhores do ministério decidiram mudar a orgânica dos grupos de ensino. O resto, que é muito (situação familiar, profissional, humana…) deixa de interessar. Enquanto isso, lá andam os sindicatos a exigir isto e aquilo (coisas tão pequeninas) para os professores que se encontram efectivamente no quadro. O que se perde em qualidade de ensino (milhares de excelentes professores fora do sistema) é inacreditável. Antero de Quental exigia, em finais do século XIX, uma revolução pela ideia, pelo pensamento. Cento e trinta anos depois, os mesmos males mantêm-se. Há, de facto, uma necessidade urgente de renovação.
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coisas
vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...
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