Assunção Esteves surpreende pouco, mas, a bem da verdade, ultimamente não tem sido esse a sua posição. Há semanas, inventariou os custos da deslocação de Eusébio para o Panteão Nacional (Eusébio ou qualquer outro, obviamente). Hoje, tomou posição sobre as comemorações dos 40 anos do 25 de abril. Assunção Esteves lançou, então, a ideia de abrir a porta ao mecenato, através da ornamentação de uma chaimite com cravos vermelhos, ao sabor da extraordinária artista plástica, Joana Vasconcelos.
Estou propenso a crer que a Presidente da Assembleia
da República tomou à letra as palavras de Passos Coelho, o primeiro-ministro
que salvou Portugal da crise, quando este afirmou que agora (finalmente, presumo) estamos a viver de acordo com as nossas possibilidades (as palavras não foram exatamente estas, mas a ideia mantém-se).
O 25 de abril é um momento histórico, todos o sabemos, como o é (como foi?) o 10 de outubro, por exemplo, ou o 1 de dezembro (outro exemplo). As comemorações não são menos dignas se não existirem os demais penduricalhos que, anualmente, revemos. Ou se não houver chaimites enterradas em cravos plastificados. Por mim, basta o povo sair (novamente) à rua.
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