A democracia tem destas coisas. Uma delas são os partidos. Alicerce de qualquer regime democrático, os partidos políticos portugueses vivem ainda no passado. E o passado, neste caso, chama-se juventudes partidárias. Não me quero alongar na razão de ser destas quotas de jovens nos diretivos partidários, os quais fazem com que muitos destes rapazes e raparigas sejam respeitados deputados da nação. Presumo que para se ser democrático, o partido tem de ter a juventude institucionalizada. Destas géneses orientadoras dos partidos políticos saem depois estas ideias extraordinárias. Na última semana tivemos duas: o atraso na escolaridade obrigatória para nove anos e o referendo à coadoção por casais do mesmo sexo. Confesso a minha estranheza anacrónica. Que raio de lembranças esta rapaziada extravasou! Não terão nada mais útil com que se entreter? Não saberão eles que estão, com estes acordares, a determinar o futuro de muitas pessoas?
Ando em fase de propostas. Aqui vai mais uma: para se elaborar projetos de resoluçaõ deste teor, relacionados, determinantemente, com uma consciencialização social, proponho que as mesmas não sejam
feitas e/ou apresentadas pelas juventudes partidárias ou pelos deputados que as representam. Assim, já não poderia o partido sénior esconder-se por detrás destas luminárias. E poupava-nos algumas chatices.
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