quinta-feira, novembro 21, 2013

traidor

Não quero exagerar nos vocábulos. Vou, por isso ao dicionário: traidor significa aquele que trai. Fiquei ainda na suave expetativa. Retomo então a consulta com outra entrada, a correspondência verbal do nome. Assim, trair significa, de entre outros paralelismos semânticos, "faltar ao cumprimento de, trair os seus juramentos". Fiquei mais descansado. Afinal, o meu pensamento tinha fundamento linguístico cabal.
Penso na amargurada e fragilizada Constituição da República Portuguesa. Como qualquer Lei Fundamental de qualquer país Europeu, é dela que nascem os alicerces do Estado de Direito, por exemplo. Daí que me sinta particularmente revoltado quando vejo os sucessivos bombardeamentos que a Constituição tem sido alvo ao longo dos últimos tempos, tanto interna, como externamente.
Há um ator político que tem como principal função a defesa intransigente da Constituição. Lembro-me de o ver a jurar o rigoroso cumprimento dos preceitos dela emanados. Não sei se o Presidente da República Portuguesa pode ser considerado, dentro do registo sinonímico da palavra, um traidor. Sei, por certo, que a sua existência política se carateriza por uma não-existência. E isso é igualmente muito grave.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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