Vi a reportagem da TVI sobre as chamadas escolas contratualizadas. Fico abismado com o que é desgraçadamente óbvio: os favores e os desgovernos de uma fraca República. Para mim, bastaria uma pequena questão: como é possível um Estado laico financiar um colégio religioso?
No entanto, não é este o enfoque da reportagem. Esta, oportunamente, põe em causa a seriedade de gente formada num chico-espertismo nacional: ex-governantes que passam a presidentes e conselheiros de grupos de ensino, por exemplo. Escolas públicas capazes de receber turmas mas que as não recebe porque o Estado está a financiar o colégio mesmo ali ao lado. Apesar de toda a cartilha neoliberal deste Governo, isto não é liberdade de ensino. Até porque as diretrizes para estas escolas contratualizadas não diferem daquelas que são apresentadas à escola pública. O que diverge aqui diz respeito, fundamentalmente, às condições oferecidas a uma e a outra. E volta-se, sempre, à enviesada questão que tanto
agrada a esta gente: por que razão os pais não podem escolher as escolas dos
filhos?
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