As repisadas declarações de Cavaco Silva que anunciam um estado de sítio se não for ele o eleito para o leme da nação (o caos... o caos...), ou os custos monetários de uma segunda volta, ou ainda a impreparação dos adversários (o caos, outra vez...) têm um interessante paralelo perlocutório quando Manuel Alegre afirma, garbosamente, que o que está em causa no próximo domingo é a democracia ("luta de vida ou de morte para a democracia", ou seja: o caos...).
Estamos perante duas formas de fazer ou viver a política que me parecem esgotadas ou, quando muito, a breve prazo inoperantes. Neste sentido, tem aparente razão Francisco Lopes quando advoga que tanto Manuel Alegre como Cavaco Silva têm um similar percurso "de décadas que comprometeram o país". Acontece que o candidato comunista não será propriamente uma roupagem nova da nossa política. Do mesmo modo, ele também encarna o tipo de candidato do regime.
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