Estamos nós fartos de luminárias. Na verdade, a nossa democracia tem proporcionado variadíssimas ramificações deste espécime. Seria esgotante enumerá-los aqui neste pequeno espaço, mas posso adiantar, como, digamos, personagem-tipo, o sempre conveniente Ferreira do Amaral, que afoitamente negociou, quando liderava o Ministério das Obras Públicas, o contrato da travessia de todas as pontes a jusante de Vila Franca de Xira à Lusoponte, para depois presidir à… Lusoponte.
Neste paradigma, o governo da República não conseguiu arranjar mais ninguém para presidir à coisa BPN para além de um tal Francisco Bandeira, o qual, em comissão de inquérito, responde, assim, desavergonhadamente, quando questionado por um deputado do CDS-PP (João Almeida) se auferia mais algum ordenado para além do cargo que ocupa como vice-presidente da CGD. O homem respondeu então que não, senhor, não auferia mais nada. Acontece que agora conseguiu uma acumulaçãozita (uns parcos 63 mil euros) através da presidência do banco recentemente nacionalizado. Responde à pacóvio: não há nenhuma correção a fazer porque "à data [da comissão de inquérito] não recebia" mais nenhum vencimento, para além daquele inerente ao seu trabalho na CGD. E não é que o homem tem razão
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